Toda vez que olhamos para alguma coisa ou alguém, estamos entrando em contato com uma dimensão que engloba o reino do sagrado. Praticamente tudo pode ser visto como sagrado ou como profano a depender do olhar.
Fora de nós, as pessoas e suas atitudes, os objetos e suas utilizações, a própria natureza, são apenas o que são: nem mais nem menos. As atribuições, somos nós quem as ofertamos.
O olhar é capaz de suprimir a necessidade das palavras e de transformar o silêncio em melodia. O olhar é capaz de revelar a essência das ações.
Especialmente no Yoga, o olhar tem uma função muito especial e sensível: a de fazer despertar em nós o significado do profundo e do sagrado em todas as coisas, em todos os seres.
Metaforicamente, o Yoga também é designado apenas para aqueles que têm "olhos para ver". É como dizer que é preciso ter "olhos que queiram e estejam capacitados a ver" para que se possa encontrar a sabedoria do Yoga, bem como da própria vida, em toda sua plenitude e beleza.
Sagrados sejam nossos olhares.