(Faço aqui um elogio ao contentamento invísivel, à alegria de viver: o Niyama Santosha.)
Você já ficou contente sem um motivo especial, sem uma explicação racional, sem se lembrar de ter feito nada de diferente para isso?
Em momentos conturbados de sua vida, quando tudo parecia estar dando errado, inexplicavelmente você se sentiu de bem consigo mesmo e com uma certeza inabalável de que tudo se acertaria da melhor maneira?
Experimentou uma alegria interior que surgiu não sabe de onde e que lhe deu forças para continuar, para persistir e insistir em achar as melhores soluções sem se cansar ou se abater?
Vivenciou um estado de intuição positivamente confiante, quando todo mundo insistia em dizer que pior do que estava não dava para ficar, que você já estava emocionalmente perturbado, mentalmente desvairado, vivendo fora da realidade e você sabia, com uma convicção que nunca vai realmente conseguir explicar, que tudo daria certo e que essa sua certeza era só uma questão de tempo para se materializar no aqui e agora?
Pois esse alegre mundo invisível, de fascinantes certezas que não se explicam, não é menos real do que o mundo das explicações lógicas e das conjecturas racionais. Por vezes, pode ser até bem mais real, embora seja menos reproduzível externamente.
