QUANDO A DISCRIMINAÇÃO VIRA CIÊNCIA


Um campo científico intrigante é o da Genética: o DNA como código da vida, como as inigualáveis digitais  de um ser único. O mapeamento genético de uma pessoa pode mostrar quem ela é biologicamente, o que pode fisicamente suportar e quanto tempo pode durar, por exemplo. Ao mesmo tempo que desvendar e interpretar esse código pode expôr suas melhores potencialidades, pode igualmente expôr suas maiores fragilidades. 

A ciência, de modo geral, trabalha com a supressão da imperfeição. E é exatamente aí que entram questões que demandam reflexão. Ressalto apenas quatro:

1. Como determinar o alcance benéfico de uma potencialidade positiva a priori? E quando decidir que uma fragilidade será, inevitavelmente, negativa a posteriori?

2. Como saber quem é, efetivamente, o melhor indivíduo para fazer uma determinada coisa e para não fazer uma outra?

3. Como garantir que a superação não possa ser um caminho melhor que o da mutação?

Como em Gattaca - Experiência Genética, filme do diretor Andrew Niccol, lançado em 1997, a questão fundamental é:

4. Como assegurar que a discriminação já não tenha se transformado em ciência?