O EQUILÍBRIO FOI FEITO PRA GENTE PERDER E ACHAR

No Yoga, nossos desequilíbrios podem ser classificados como espectros que transitam entre as categorias denominadas rajas e tamas.
Na categoria rajásica, encontram-se todos os nossos hiper-estados nos domínios físico, emocional e mental; na categoria tamásica estão os nossos hipo-estados nesses mesmos domínios.
Para tentar didaticamente exemplificá-las, assuma que: quando alguém está ansioso, irriquieto e com taquicardia, podemos considerá-lo, enquanto durar esse período específico, como inserido no espectro de rajas. Ao contrário, quando alguém está letárgico, apático e com bradicardia, estará inserido no espectro de tamas. O ponto de equilíbrio real chama-se sattva.
Mas observe, também, que o ser sáttvico não é aquele que necessariamente nunca perde o equilíbrio, mas aquele que sabe perceber e reconhecer o desequilíbrio em sua origem e optar por seguir em frente "desequilibrando-se", se esse for o melhor caminho, ou "reequilibrando-se" prontamente, tornando o desequilíbrio apenas uma espécie de "faísca".
Em sattva, torna-se possível optar por resistir a uma situação / acontecimento ou não-resistir (sabedoria em ação). Já em rajas e tamas, praticamente não existem essas opções, pois rajas é a própria resistência e tamas, a pseudo-não-resistência.
O Yoga promove subsídios na busca de uma existência equilibrada e pacífica ao mesmo tempo em que entende que o equilíbrio foi feito pra gente perder, aprender, mudar e novamente achar.