CULTIVANDO A NÃO-VIOLÊNCIA


"Se considerarmos toda a história passada, tal como a podemos conhecer, constatamos que o homem sempre progrediu para a não-violência. Do canibalismo à caça e à agricultura, do nomadismo à civilização das aldeias e das cidades, da família à comunidade e à nação. Tudo isso são sinais de recuo da violência. Não tivesse sido assim, hoje a espécie humana estaria extinta."

Com essa frase, Mahatma Gandhi expôs sua concepção de que o homem - apesar de todas as teorias que apontam para o caos e a destruição total -, está constantemente se lapidando, se transformando e se aperfeiçoando na construção prática da não-violência.

Pode parecer estranho, e o panorama mundial pode não cooperar para isso, mas nós, seres humanos, nunca estivemos tão próximos uns dos outros. Com o advento mais recente de certos tipos de tecnologia e com a expansão do conceito de globalização, hoje podemos ver e perceber o quanto estamos todos, mesmo que forçosamente, unidos por determinadas ações e decisões. De fato, para desespero de muitos, já sabemos que nada e nem ninguém pode existir isoladamente. Portanto, quanto mais consciência temos dessa atual realidade, maior é a nossa responsabilidade de colocarmos em prática a não-violência.

Ao cultivarmos a não-violência, nos unimos ainda mais em atos humanos de integração, onde não há separação entre países, raças, religiões e poder econômico. 

O cultivo da não-violência tende a nos fazer perceber que o sofrimento do outro é também o meu sofrimento, que a destruição da paz no mundo é minha própria destruição e que o valor de uma vida é incomensurável.

Cabe a todos nós aprendermos com o sofrimento consumado e seriamente avaliarmos a  urgente necessidade de nos tornarmos agentes de promoção da prática consciente da não-violência, da compaixão, do respeito e da paz.