O sânscrito é a língua oficial do Yoga, embora seja considerado, assim como o latim, uma língua morta. Mas é uma linguagem maravilhosa!
Sempre fui apaixonada pela terminologia do Yoga por causa da beleza que as palavras sânscritas contêm. Algumas pronúncias podem ser muito complicadas, mas também podem soar de forma preciosa.
Um nome comumente conhecido como Lakshmi, por exemplo, pode conter uma sonoridade muito especial se prestarmos verdadeira atenção quando o estivermos pronunciando. Todas as palavras são assim, mas nós simplesmente não temos o hábito de as perceber em sua grandiosidade sonoro-vibracional.
Nesse contexto, recordo-me de uma conferência do saudoso Professor Doutor Gharote, do Instituto de Yoga de Lonavla, sobre o(s) Yoga-Sutras de Patañjali: ele nos fez repetir várias vezes o sutra de número dois, do primeiro capítulo do referido texto, no qual Patañjali conceitua o Yoga:
Yogas citta vrtti nirodhah
Porém, existe uma diferença entre apenas ler o sutra e o ficar repetindo em voz alta, na sua língua original. Os sutras de Patañjali foram concebidos para ser falados, vocalizados (e não apenas lidos), do mesmo modo que as poesias deveriam ser declamadas.
Se você quiser experienciar o que eu disse, escolha uma palavra de sua predileção (em qualquer idioma) e a fique repetindo, em voz alta, por algum tempo. Pode ser verdadeiramente fascinante.
