O DESPERTAR DA SERPENTE

No Yoga, de forma geral, há um sistema que descreve os estádios do desenvolvimento psicoespiritual do ser como sendo formado por sete centros denominados chakras (em sânscrito, “rodas”). Esses centros são também conhecidos como padmas (em sânscrito, “lótus”).
Os chakras estão distribuídos ao longo da coluna vertebral, desde sua base e até o topo da cabeça. Devido à forma circular e espiralada ao redor da coluna, a representação geral é a de uma serpente que jaz adormecida no último chakra na base da coluna até ser despertada para começar sua escalada rumo ao topo da cabeça (que alguns textos dizem não ser exatamente um chakra, por ser aberto e/ou vazado na parte superior). Por esse motivo, ela é chamada de Kundalini, a “enrolada”. Enquanto Kundalini “dorme” no último dos sete centros do corpo, os outros seis mantêm-se "desativados".
O objetivo das técnicas de Yoga é fazer despertar a serpente, fazer com que ela ergua a cabeça e comece sua ascensão. Analogamente, o despertar de Kundalini marca o início do despertar espiritual do aspirante. Essa significação também representa planos psicológicos de interesse, consciência e ação. Para cada um dos sete centros, correspondem estados (de consciência) cada vez mais elevados e sutis.